terça-feira, 24 de novembro de 2009

A história de São José dos Campos.

De 1643 a 1660, os religiosos e vários povoadores obtiveram para os índios diversas léguas de terras, em sesmarias concedidas, em 1650, pelo Capitão-Mór da Capitania de São Vicente Dionísio da Costa. Essas terras situavam-se em magnífica planície, onde hoje se acha atualmente o centro de São José dos Campos.
A aldeia de São José, a partir de
1653, passa a pertencer à Vila de Jacareí, criada naquele ano e desmembrada da vila de Mogi das Cruzes, e pertencente à Capitania de São Vicente.
A aldeia de São José estava, portanto, situada nos limites da Capitania de São Vicente com a Capitania de
Itanhaém, a qual compreendia o restante do Vale do Paraíba paulista e seguia até Angra dos Reis e compreendia, também, parte do litoral sul paulista.
A procura do município de São José dos Campos para o tratamento de tuberculose pulmonar, devido às condições climáticas supostamente favoráveis. Entretanto, somente em 1935, quando o município foi transformado em Estância Climática e depois Estância Hidromineral, que São José passou a receber recursos oficiais que puderam ser aplicados na área sanatorial.
Foram sete os principais
sanatórios: O Vicentina Aranha, pertencente à Santa Casa de São Paulo, inaugurado em 1924, pelo presidente de São Paulo Dr. Washington Luís, o Vila Samaritana, pertencente à comunidade evangélica, o Ezra, pertencente à comunidade judaica, o Maria Imaculada, pertencente à Igreja Católica, o Ruy Dória, criado e pertencente ao médico Dr. Ruy Dória, o Sanatório Antoninho da Rocha Marmo e o Sanatório Adhemar de Barros, criado pelo governador Dr. Adhemar Pereira de Barros. Os sanatórios foram assim, esforço coletivo de todas as comunhões religiosas, de particulares e estadistas idealistas.
O processo de industrialização do município toma impulso a partir da instalação do ITA e do Centro Técnico Aeroespacial-CTA, em 1950, e posteriormente do INPE e também com a inauguração da Rodovia Presidente Dutra em 1951, possibilitando assim uma ligação mais rápida entre Rio de Janeiro e São Paulo, pela primeira vez, em estrada asfaltada, e cortando a parte urbana de São José dos Campos. Nessa mesma época, doaram-se terrenos às margens da nova rodovia, onde se instalaram várias fábricas, iniciando-se a industrialização da cidade. Novo impulso foi dado com a duplicação da Rodovia Presidente Dutra em 1967.
Em 1969, a criação da Embraer, originada em um setor de desenvolvimento de aeronaves do CTA, chamado PAR, coloca a cidade em uma nova era de desenvolvimento tecnológico, gerando muitos empregos e mão-de-obra especializada, sendo atualmente a maior empregadora da cidade, e fazendo que a cidade seja considerada a Capital do Avião. Fundamental para o desenvolvimento da Embraer foi a mão de obra especializada formada pelo ITA.
Em
1977, a inauguração da Revap trouxe mais empregos e tecnologia à cidade. Também neste ano a cidade recuperou sua autonomia administrativa, voltando a eleger seus prefeitos.
Em
1994 é inaugurado um novo acesso à região de São José dos Campos, a rodovia Carvalho Pinto.
A conjunção desses fatores permitiu que o município caminhasse para o potencial científico-tecnológico em que se encontra.
Atualmente, em São José, está sendo instalado um
parque tecnológico estadual, com instituições de ensino e de pesquisa na área de tecnologia voltadas para as indústrias típicas da cidade como a área aeronáutica e aeroespacial.

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